[Kimba era mantido em jaula de porta soldada. Foto: ONCA]
Defesa Ambiental
Sábado, 03 de maio de 2008
Serranópolis do Iguaçu, PR, Brasil
Com informações da Justiça Federal da 4a Região; IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) Escritório Regional de Cascavel; Jornal da RPC; Reserva Brasil e Onca
Na sexta-feira dia 2 de maio, por ordem judicial federal, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) realizou a apreensão de um macaco de espécie rara, mantido em circo instalado em Serranópolis do Iguaçu, a 592 km de Curitiba - PR.
Trata-se de um babuíno-hamadrias – também chamado babuíno-sagrado – (Papio hamadryas), de origem africana e ameaçado de extinção. O animal, macho de idade calculada em cerca de 8 anos, pertencente ao Circo Rodeio Hermanos Rodriguez, de registro catarinense, não vinha sendo utilizado em espetáculos, servindo apenas de exibição, confinado em jaula cuja porta era soldada.
As denúncias contra o circo surgiram a partir da observação das entidades ambientais Reserva Brasil e Onca, e foram confirmadas quando da solicitação da visita de médica veterinária ao local e de vistoria de agente do IBAMA. Entre as irregularidades apontadas constam a ausência de registro junto ao IBAMA e a não comprovação da origem do animal, falta do protocolo de segurança, espaço inadequado e apresentação de neurastenia (esgotamento nervoso) pelo animal devido às más condições do recinto e exposição.
Atendendo a petição do dr. Júlio César Garcia, representante jurídico da Reserva Brasil, a Justiça determinou a retirada do símio, que estava no circo a menos de dois anos e era atração junto com leões e touros usados em provas de rodeios amadores e seu encaminhamento ao Zoológico de Curitiba, onde este chegou no sábado dia 3 ainda pela manhã, e onde ficará provisoriamente.
Antes do cumprimento da ordem judicial, no entanto, fez-se necessária a presença da Polícia Federal, após os donos do circo se recusarem a entregar o animal e passarem a ameaçar de agressão o chefe regional do IBAMA em Cascavel, Walter Santos. Por resistir à decisão da Justiça, o circo foi multado em R$ 10.000 reais.
O circo foi ainda, notificado por irregularidades com relação aos leões, quanto a confinamento inadequado, falta de acompanhamento veterinário e saúde debilitada de alguns exemplares, que devem ser corrigidas, sob pena de multa ou mesmo da retirada dos felinos.
Papio hamadryas
O babuíno-sagrado macho pode chegar a 94 cm de altura e pesar até 18 kg. É encontrado na Somália, Arábia Saudita e Iêmen, mas calcula-se que 90% de seus exemplares esteja na Etiópia. Os babuínos vivem em bandos que vão de alguns indivíduos a mais de 200, incluindo as crias. Percorrem em média 3-4 km por dia e alimentam-se 99% de vegetais. Vivem em média 35-40 anos.
No Egito antigo, o babuíno era uma das encarnações do deus Toth, protetor dos sábios e regente do tempo. Foi considerado tão sagrado que era mumificado e enterrado juntamente com o faraó, para acompanhá-lo em sua viagem ao além-túmulo.
Leis ambientais no Brasil
De acordo com a Portaria nº 108/94 do IBAMA, as pessoas físicas ou jurídicas mantenedoras de animais da ordem dos Papio, a qual pertencem os babuínos, devem ter cadastro/ registro de Mantenedor de Fauna Silvestre Exótica, além da ficha individual de cada animal, onde deve constar dados básicos atualizados anualmente. Os animais devem também ser marcados e ter a assistência permanente de ao menos um médico veterinário. A área mínima exigida é de 30m2 ou 60m3 para até três indivíduos adultos, com chão de terra ou areia.
Na sexta-feira dia 2 de maio, por ordem judicial federal, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) realizou a apreensão de um macaco de espécie rara, mantido em circo instalado em Serranópolis do Iguaçu, a 592 km de Curitiba - PR.
Trata-se de um babuíno-hamadrias – também chamado babuíno-sagrado – (Papio hamadryas), de origem africana e ameaçado de extinção. O animal, macho de idade calculada em cerca de 8 anos, pertencente ao Circo Rodeio Hermanos Rodriguez, de registro catarinense, não vinha sendo utilizado em espetáculos, servindo apenas de exibição, confinado em jaula cuja porta era soldada.
As denúncias contra o circo surgiram a partir da observação das entidades ambientais Reserva Brasil e Onca, e foram confirmadas quando da solicitação da visita de médica veterinária ao local e de vistoria de agente do IBAMA. Entre as irregularidades apontadas constam a ausência de registro junto ao IBAMA e a não comprovação da origem do animal, falta do protocolo de segurança, espaço inadequado e apresentação de neurastenia (esgotamento nervoso) pelo animal devido às más condições do recinto e exposição.
Atendendo a petição do dr. Júlio César Garcia, representante jurídico da Reserva Brasil, a Justiça determinou a retirada do símio, que estava no circo a menos de dois anos e era atração junto com leões e touros usados em provas de rodeios amadores e seu encaminhamento ao Zoológico de Curitiba, onde este chegou no sábado dia 3 ainda pela manhã, e onde ficará provisoriamente.
Antes do cumprimento da ordem judicial, no entanto, fez-se necessária a presença da Polícia Federal, após os donos do circo se recusarem a entregar o animal e passarem a ameaçar de agressão o chefe regional do IBAMA em Cascavel, Walter Santos. Por resistir à decisão da Justiça, o circo foi multado em R$ 10.000 reais.
O circo foi ainda, notificado por irregularidades com relação aos leões, quanto a confinamento inadequado, falta de acompanhamento veterinário e saúde debilitada de alguns exemplares, que devem ser corrigidas, sob pena de multa ou mesmo da retirada dos felinos.
Papio hamadryas
O babuíno-sagrado macho pode chegar a 94 cm de altura e pesar até 18 kg. É encontrado na Somália, Arábia Saudita e Iêmen, mas calcula-se que 90% de seus exemplares esteja na Etiópia. Os babuínos vivem em bandos que vão de alguns indivíduos a mais de 200, incluindo as crias. Percorrem em média 3-4 km por dia e alimentam-se 99% de vegetais. Vivem em média 35-40 anos.
No Egito antigo, o babuíno era uma das encarnações do deus Toth, protetor dos sábios e regente do tempo. Foi considerado tão sagrado que era mumificado e enterrado juntamente com o faraó, para acompanhá-lo em sua viagem ao além-túmulo.
Leis ambientais no Brasil
De acordo com a Portaria nº 108/94 do IBAMA, as pessoas físicas ou jurídicas mantenedoras de animais da ordem dos Papio, a qual pertencem os babuínos, devem ter cadastro/ registro de Mantenedor de Fauna Silvestre Exótica, além da ficha individual de cada animal, onde deve constar dados básicos atualizados anualmente. Os animais devem também ser marcados e ter a assistência permanente de ao menos um médico veterinário. A área mínima exigida é de 30m2 ou 60m3 para até três indivíduos adultos, com chão de terra ou areia.
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